sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Descoberta da fotografia no Brasil faz 180 anos despercebida por brasileiros



Descoberta da fotografia no Brasil faz 180 anos despercebida por brasileiros

Hercule Florence dizia ter tido ideia inicial em Campinas em agosto de 1832.

Pesquisa comprovou o ocorrido 140 anos depois.


Do G1, em São Paulo

Retrato de Hercule Florence, o francês que descobriu a fotografia no Brasil, com cerca de 70 anos de idade (Foto: Photographia Allemã (SP)/Reprodução de 'Hercule Florence - A descoberta isolada da fotografia no Brasil', de Boris Kossoy)Retrato de Hercule Florence, o francês que
descobriu a fotografia no Brasil, com cerca de
70 anos de idade (Foto: Coleção Arnaldo Machado
Florence/Reprodução de 'Hercule Florence - A
descoberta isolada da fotografia no Brasil', de
Boris Kossoy)
"Neste anno de 1832, no dia 15 de agosto, estando a passear na minha varanda, vem-me a ideia que talvez se possa fixar as imagens da camera escura, por meio de um corpo que mude de cor pela acção da luz."
É assim que o francês Hercule Florence recorda, anos depois, do que teria sido a fagulha para o nascimento da fotografia no Brasil há exatos 180 anos - em uma data bem anterior à invenção do daguerreótipo de Louis Daguerre, na França em 1839, referência mais comum ao 'nascimento' da fotografia.
G1 publica esta semana o especial 'Do olhar à fotografia', uma série de reportagens que têm a fotografia como tema, para celebrar a semana que antecede o Dia Mundial da Fotografia, no domingo (19). A data é referente a 19 de agosto de 1839, quando a França apresentou ao mundo os estudos de Louis Daguerre que resultaram no daguerreótipo - marco considerado por muitos como o 'nascimento' da fotografia. As próximas reportagens deste semana tratam de uma raríssima foto de 16 metros feita no Brasil, passam por estilos de fotografia específicos, como de guerra e natureza, e abordam novos rumos vistos como opção na aplicação da fotografia. O especial também abre espaço para a participação do internauta, convidado a contar a história do seu 'melhor clique' .
Em um século em que se recompensa o talento, a Providência me trouxe a um país onde isso não importa. Sofro os horrores da miséria, e minha cabeça está plena de descobertas. Nenhuma alma me escuta, nem me compreenderia. Aqui só se dá valor ao ouro, só se ocupam de política, comércio, açúcar, café e carne humana"
Hercule Florence, em um de seus diários
A comprovação do pioneirismo de Florence na Vila de São Carlos, hoje conhecida como Campinas (SP), demorou mais de 140 anos para ser feita e reconhecida internacionalmente. Em 1976, o fotógrafo e professor Boris Kossoy divulgou em um simpósio nos EUA a pesquisa que resultou na primeira edição de seu livro, "Hercule Florence - A descoberta da fotografia no Brasil", lançada em 1980.
O feito em terras brasileiras passou a ser mencionado em novas publicações sobre a história da fotografia em todo o mundo ao longo das últimas décadas, mas mesmo assim ainda permanece desconhecido para a maioria dos brasileiros. O G1 conversou com Boris Kossoy e ressaltou alguns pontos curiosos sobre a descoberta de Florence apresentados em seu livro, que se encontra em sua terceira edição.
Desenho representando o equipamento da fotografia, datado de 1837 (Foto: Coleção Arnaldo Machado Florence/Reprodução de 'Hercule Florence - A descoberta isolada da fotografia no Brasil', de Boris Kossoy)Desenho representando o equipamento da fotografia, datado de 1837. Na parte de cima, uma câmera escura com traços bem próximos de alguns modelos de câmeras do século seguinte. À direita, a estrutura onde as imagens eram apoiadas para exposição ao sol. Na parte de cima, a citação ao termo 'photographie' (Imagem: Coleção Arnaldo Machado Florence/Reprodução de 'Hercule Florence - A descoberta isolada da fotografia no Brasil', de Boris Kossoy)
Datas divergentes
É preciso esclarecer inicialmente que, para Kossoy, a descoberta da fotografia no Brasil vai completar 180 anos de fato dentro de alguns meses, em 20 de janeiro de 2013. Isso porque são deste dia as anotações em um diário de Florence que narram seus primeiros experimentos bem-sucedidos de uma fotografia.
Apesar de o inventor ter posteriormente citado o dia de 15 de agosto de 1832 mais de uma vez, a pesquisa não verificou nenhuma prova escrita datada desse ano em seus diários. "Ele fez essas anotações mencionando a data de 1832 muitos anos depois, após a divulgação no Brasil da descoberta do Daguerre", lembra Boris Kossoy.
Não deixa de ser curioso, no entanto, o fato de o inventor se referir a uma data tão específica.
Fotografia como 'xerox'
Florence via a fotografia como sequência natural a suas pesquisas na poligrafia, uma forma de reproduzir documentos e desenhos de forma fiel. Ele buscava uma maneira mais prática de fazer isso e oferecer como serviço de cópias na vila de São Carlos, já que ali não existia qualquer oficina de tipografia na época.
No entanto, apesar de seguir por outro caminho, ele chegou a vislumbrar a aplicação mais popular da fotografia depois de conseguir a imagem negativa de sua janela usando uma máquina fotográfica arcaica feita com a lente de um binóculo. "Mas como será útil para os retratos! Isso mesmo: a imagem de uma pessoa, refletida na câmara escura, será apreendida e fixada no papel por uma simples ação química. Quanta semelhança!", escreveu, também em 1833.
Exemplar de etiquetas para farmácia I. Cópia fotográfica obtida por contato sob a ação do sol é exemplo do principal propósito buscado por Florence ao desenvolver o processo fotográfico: fazer cópias com praticidade (Foto: Coleção Arnaldo Machado Florence/Reprodução de 'Hercule Florence - A descoberta isolada da fotografia no Brasil', de Boris Kossoy)Exemplar de etiquetas para farmácia I. Cópia fotográfica obtida por contato sob a ação do sol é exemplo do principal propósito buscado por Florence ao desenvolver o processo fotográfico: fazer cópias com praticidade (Imagem: Coleção Arnaldo Machado Florence/Reprodução de 'Hercule Florence - A descoberta isolada da fotografia no Brasil', de Boris Kossoy)
Poesia
Em um de seus experimentos de janeiro de 1833, Florence escreve em uma superfície de vidro preparada com nitrato de prata uma frase carregada de poesia, que atribui certo tom fantástico aos seus resultados. Em francês, ele escreve "E tu, Divino sol, empresta-me teus raios". Exposta à luz, a frase é reproduzida com perfeição, como se o Sol houvesse acenado consentindo ao pedido de Florence.
Como eu tratei pouco da photographia por precisar de meios mais complicados, e de sufficientes conhecimentos chimicos, não disputarei descobertas a ninguém, porque uma mesma idea pode vir a duas pessoas, porque sempre achei precariedade nos factos que alcançava, e a cada um o que lhe é devido"
Hercule Florence, humildemente abrindo mão de reivindicar a descoberta da fotografia como sua
Xixi como fixador
Confrontado pela dificuldade de manter as imagens no papel sem que as partes claras passassem a escurecer com o tempo, o francês passou a testar substâncias que pudessem dissolver os sais de prata após a exposição à luz. E uma dessas substâncias, usada segundo suas anotações "um pouco ao acaso", foi a urina.
Ele verificou que banhar uma imagem fotografada em urina por alguns minutos permite que ela volte a ser exposta ao sol posteriormente sem escurecer, de forma bem mais eficaz que um simples banho de água.
Tratados de química de muitos anos antes já afirmavam que a amônia, presente na urina, era capaz de dissolver o nitrato de prata. Mesmo assim, segundo Kossoy, foi Florence o primeiro dos precursores da fotografia a empregar a amônia (o xixi) como substância fixadora.
Uma fotografia na França, antes de Daguerre
Uma curiosidade que o livro sobre Florence levanta é que uma foto feita por ele teria sido levada pelo príncipe de Joinville (François Ferdinand Philippe Loius-Marie d'Orléans) de volta à França no começo de 1838, antes da divulgação dos estudos de Daguerre ao grande público.
Índio Bororo. Feita por Florence, uma fotografia deste desenho teria embarcado para a França com o príncipe de Joinville um ano e meio antes do anúncio da descoberta de Daguerre (Foto: Coleção Arnaldo Machado Florence/Reprodução de 'Hercule Florence - A descoberta isolada da fotografia no Brasil', de Boris Kossoy)Índio Bororo. Feita por Florence, uma fotografia
deste desenho teria embarcado para a França com
o príncipe de Joinville um ano e meio antes do
anúncio da descoberta de Daguerre (Foto: Coleção
Arnaldo Machado Florence/Reprodução de 'Hercule
Florence - A descoberta isolada da fotografia no
Brasil', de Boris Kossoy)
"Curiosa ironia: um ano e meio antes da anunciada descoberta de Daguerre pela Academia de Ciências de Paris (19 de agosto de 1839), o príncipe de Joinville, filho do rei da França, levava em sua bagagem uma cópia d[o desenho d]e um índio Bororo obtida por processo fotográfico!", diz Kossoy em um trecho do livro.
"Essa é uma das coincidências da história do Florence que deixa as pessoas mais intrigadas", aponta o autor. Não se pode dizer, no entanto, que esse fato tenha qualquer ligação com as descobertas de Daguerre.
Humildade e desabafoApesar de ter pleno direito de reivindicar a descoberta da fotografia a si, como hoje é comprovado, Hercule Florence em mais de um momento fala com humildade a respeito das notícias do invento de Daguerre, abrindo mão de buscar qualquer glória e assumindo a possibilidade de duas pessoas terem a mesma ideia de forma espontânea.
"Como eu tratei pouco da photographia por precisar de meios mais complicados, e de sufficientes conhecimentos chimicos, não disputarei descobertas a ninguém, porque uma mesma idea pode vir a duas pessoas, porque sempre achei precariedade nos factos que alcançava, e a cada um o que lhe é devido", escreveu em artigo publicado no jornal "A Phenix" de São Paulo em  1839.
'Hercule Florence - A descoberta isolada da fotografia no Brasil', de Boris Kossoy (Foto: Divulgação)'Hercule Florence - A descoberta isolada da
fotografia no Brasil', de Boris Kossoy
(Imagem: Divulgação)
Mesmo assim, um "desabafo" retirado de um dos manuscritos de Florence mostra que ele tinha consciência plena de suas limitações geográficas e se sentia "um inventor no exílio".
"Em um século em que se recompensa o talento, a Providência me trouxe a um país onde isso não importa. Sofro os horrores da miséria, e minha cabeça está plena de descobertas. Nenhuma alma me escuta, nem me compreenderia. Aqui só se dá valor ao ouro, só se ocupam de política, comércio, açúcar, café e carne humana. Sem dúvida conheço algumas almas grandes e belas, mas essas, em número muito reduzido, não têm formação na minha linguagem, e eu respeito sua ignorância", afirma.
É de se refletir, entretanto, se Hercule Florence teria se dedicado aos mesmos interesses caso estivesse na Europa, e não no interior do Brasil, onde a inexistência da tipografia acabou o empurrando na direção da fotografia.
Hercule Florence - A descoberta isolada da fotografia no Brasil (3ª edição)
Autor:
 Boris Kossoy
Editora: 
Edusp

História da Fotografia


História 
A fotografia não é a obra final de um único criador. Ao longo da história, diversas pessoas foram agregando conceitos e processos que deram origem à fotografia como a conhecemos. O mais antigo destes conceitos foi o da câmara escura, descrita pelo napolitano Giovanni Baptista Della Porta, já em 1558, e conhecida por Leonardo da Vinci que a usava, como outros artistas no século XVI para esboçar pinturas.
cientista italiano Angelo Sala, em 1604, percebeu que um composto de prata escurecia ao Sol, supondo que esse efeito fosse produzido pelo calor. Foi então que, Johann Heinrich Schulze fazendo experiências com ácido nítricoprata e gesso em 1724, determinou que era a prata halógena, convertida em prata metálica, e não o calor, que provocava o escurecimento.
A primeira fotografia reconhecida é uma imagem produzida em 1826 pelo francês Joseph Nicéphore Niépce, numa placa de estanho coberta com um derivado de petróleo fotossensível chamado Betume da Judeia. A imagem foi produzida com uma câmera, sendo exigidas cerca de oito horas de exposição à luz solar. Nièpce chamou o processo de "heliografia", gravura com a luz do Sol. Paralelamente, outro francês, Daguerre, produzia com uma câmera escura efeitos visuais em um espetáculo denominado "Diorama". Daguerre e Niépce trocaram correspondência durante alguns anos, vindo finalmente a firmarem sociedade.
Após a morte de Nièpce, Daguerre desenvolveu um processo com vapor de mercúrio que reduzia o tempo de revelação de horas para minutos. O processo foi denominadodaguerreotipia. Daguerre descreveu seu processo à Academia de Ciências e Belas Artes, na França e logo depois requereu a patente do seu invento na Inglaterra. A popularização dos daguerreótipos, deu origem às especulações sobre o "fim da pintura", inspirando o Impressionismo.[8]
http://bits.wikimedia.org/static-1.21wmf1/skins/common/images/magnify-clip.png
O britânico William Fox Talbot, que já efetuava pesquisas com papéis fotossensíveis, ao tomar conhecimento dos avanços de Daguerre, em 1839, decidiu apressar a apresentação de seus trabalhos à Royal Institution e à Royal Society, procurando garantir os direitos sobre suas invenções. Talbot desenvolveu um diferente processo denominado calotipo, usando folhas de papel cobertas com cloreto de prata, que posteriormente eram colocadas em contato com outro papel, produzindo a imagem positiva. Este processo é muito parecido com o processo fotográfico em uso hoje, pois também produz um negativo que pode ser reutilizado para produzir várias imagens positivas. À época, Hippolyte Bayard também desenvolveu um método de fotografia. Porém, por demorar a anunciá-lo, não pôde mais ser reconhecido como seu inventor.
http://bits.wikimedia.org/static-1.21wmf1/skins/common/images/magnify-clip.png
A primeira fotografia colorida da história, foi tirada por James Clerk Maxwell em 1861.
No Brasil, o Francês radicado em CampinasSão PauloHércules Florenceconseguiu resultados superiores aos de Daguerre, pois desenvolveu negativos. Contudo, apesar das tentativas de disseminação do seu invento, ao qual denominou "Photographie" - foi o legítimo inventor da palavra - não obteve reconhecimento à época. Sua vida e obra só foram devidamente resgatadas em 1976 por Boris Kossoy
A fotografia então popularizou-se como produto de consumo a partir de 1888. A empresa Kodak abriu as portas com um discurso de marketing onde todos podiam tirar suas fotos, sem necessitar de fotografos profissionais com a introdução da câmera tipo "caixão" e pelo filme em rolos substituíveis criados por George Eastman.[14]
Desde então, o mercado fotográfico tem experimentado uma crescente evolução tecnológica, como o estabelecimento do filme colorido como padrão e o foco automático, ou exposição automática. Essas inovações indubitavelmente facilitam a captação da imagem, melhoram a qualidade de reprodução ou a rapidez do processamento, mas muito pouco foi alterado nos princípios básicos da fotografia.

A grande mudança recente, produzida a partir do final do século XX, foi a digitalização dos sistemas fotográficos. A fotografia digital mudou paradigmas no mundo da fotografia, minimizando custos, reduzindo etapas, acelerando processos e facilitando a produção, manipulação, armazenamento e transmissão de imagens pelo mundo. O aperfeiçoamento da tecnologia de reprodução de imagens digitais tem quebrado barreiras de restrição em relação a este sistema por setores que ainda prestigiam o tradicional filme, e assim, irreversivelmente ampliando o domínio da fotografia digital.

Fonte: Wikipedia.



Dia 08 de Janeiro é o "Dia do Fotógrafo"!
Projeto de Lei que regulamenta a atividade fotográfica tramita na Câmara dos Deputados
Uma imagem vale mais do que mil palavras. Em muitos casos, a máxima é verdadeira e, em sua homenagem, não faltam datas que celebrem a tecnologia da fotografia. Dia Internacional da Fotografia, Dia do Repórter Fotográfico e, em 8 de janeiro, o Dia Nacional da Fotografia.
Acredita-se que esta é relembrada no Brasil por ter sido a data da chegada do daguerreótipo, vindo de Paris. Segundo a pesquisadora do Museu Imperial Maria Inez Turazzi, em artigo publicado na Revista de História da Biblioteca Nacional, o aparelho de Louis Jacques Daguerre embarcou na madrugada de 25 de setembro de 1839, chegando à América do Sul meses depois.
Em 2011, a data pode ter um sabor especial: desde 2009, tramita na Câmara dos Deputados PL que regulamenta a profissão, "marginalizada e discriminada por falta de uma legislação específica do ensino técnico e científico", como justifica o PL 5.187/09.
A iniciativa é do deputado Severiano Alves (PDT/BA). Pelo projeto, serão fotógrafos profissionais os diplomados em escolas de nível superior em fotografia no Brasil e no exterior (nesse último, com diploma revalidado no Brasil) e aqueles que exercem a atividade por dois anos consecutivos ou quatro intercalados, no mínimo. Outra disposição do PL é o reconhecimento da atividade não apenas no âmbito da fotografia comercial, mas também da fotografia na medicina, no ensino e em outros serviços correlatos. O PL 5.187/09 já foi aprovado pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público.
O país é pátria de grandes nomes na área, dos quais Sebastião Salgado é um dos expoentes. Conhecido mundialmente, o mineiro especializou-se no fotojornalismo em que denuncia a vida dos excluídos, sendo agraciado com vários prêmios, incluindo da Unesco.
Em tempos de popularização de câmeras digitais, vale lembrar que a atividade cerca-se de polêmicas. Em 2010, por exemplo, provimento do TJ/SP regulamentava o uso de imagens dos prédios que pertenciam ao Poder Judiciário de SP, definindo de forma simplista o que era a fotografia comercial e impondo o pagamento arbitrário de valores exorbitantes (clique aqui). Tal fato suscitou revelação da alta Direção de Migalhas: "em diversos filmes hollywoodianos, quando é apresentado um grande parque gráfico, uma movimentada redação, ou um conglomerado empresarial, ninguém sabe, mas são filmagens feitas na planta industrial deste poderoso rotativo". O provimento ainda vale. Assim como as belas palavras de Eça de Queiroz, que abriram o informativo do dia 9/6/10 (clique aqui): "A fotografia, cujos progressos são imensos e que está, a nosso ver, mui bem classificada entre os materiais das artes liberais, fala aos olhos e detém cativa os curiosos fatigados".
Clique aqui e acompanhe a tramitação.
Confira abaixo a íntegra do PL 5.187/09 :
___________
PROJETO DE LEI Nº , DE 2005
(Do Sr. Severiano Alves)
Dispõe sobre a profissão de fotógrafo e dá outras providências.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º A profissão de fotógrafo é regulamentada pela presente lei.
Parágrafo único. Entende-se como fotógrafo profissional o profissional que, com o uso da luz, registra imagens estáticas ou dinâmicas em materialfotossensível, com a utilização de equipamentos óticos apropriados, seguindo o processamento manual, eletromecânico e da informática até o final acabamento.
Art. 2º Poderão exercer profissionalmente a função de fotógrafo:
I – os diplomados por escolas de nível superior em fotografia, devidamentereconhecida;
II – os diplomados por escola superior em fotografia, localizada no exterior,com diplomas revalidados no Brasil, na forma da legislação vigente;
III – os não diplomados em escola de fotografia que, à data da promulgação desta Lei, estiverem exercendo a profissão por, no mínimo, 2 (dois) anos consecutivos ou 4 (quatro) anos intercalados, apresentando provas através de entidades sindicais, da categoria profissional, de empresas que efetuaramregistros na Carteira Profissional do Ministério do Trabalho e Emprego-MTE, com recibos de pagamentos de serviços prestados, em papel timbrado ou declaração com firma reconhecida em cartório.
Art. 3º A atividade profissional de fotógrafo compreende:
I – a fotografia realizada por empresa especializada, inclusive em serviçosexternos;
II – a fotografia produzida para ensino técnico e científico;
III – a fotografia produzida para efeitos industriais, comerciais e de pesquisa;
IV – a fotografia produzida para publicidade, divulgação e informação aopúblico;
V – a fotografia na medicina;
VI – o ensino da fotografia;
VII – a fotografia em outros serviços correlatos.
Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.
Art. 5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
O presente projeto se justifica por se tratar de uma profissão marginalizada e discriminada por falta de uma legislação específica do ensino técnico e científico.
Em quase todos os países do mundo a profissão de fotógrafo é reconhecida e regulamentada, com cursos em nível superior. Somente nos Estados Unidos, em 1978, já existiam mais de 4000 (quatro mil) cursos e 918 (novecentos e dezoito) cursos de pós- graduação.
No Peru, em 1989, houve a comemoração pelos 50 anos da Academia de Fotografia.
No Brasil, somente em 2002, três cursos de fotografia foram criados em São Paulo (Faculdade de Fotografia do SENAC/SP) Faculdade de Fotografia da PUC/SP e Faculdade de Fotografia do Mackenze/SP), embora o curso defotografia não seja reconhecido.
A fotografia surgiu no Brasil através do francês radicado brasileiro Hercules Florence, juntamente com o brasileiro Joaquim Corrêa de Mello.
Hercules Florence inventou o mimeógrafo para auxiliá-lo em seus desenhos, sem saber que ali estava inventando a produção da imagem intencional sobre uma superfície.
Não satisfeito com a reprodução, juntamente com Joaquim Corrêa de Mello, deram início a pesquisas até conseguirem a primeira imagem da janela da casa.
Em seu diário, Hercules Florence escreveu pela primeira vez a palavra “Photografie”. Conseguiram fixar a fotografia com sais de cloreto de sódio em março de 1833.
O primeiro fotógrafo brasileiro foi D. Pedro II, que, com suas experiências, fotografava criados.
Por ser o Brasil o pioneiro nessa técnica, bem como não ter a profissão reconhecida, o que é uma discrepância, é que apresento este Projeto de Lei, para o qual peço o apoio dos nobres Colegas.
Sala das Sessões, em de de 2005.
Deputado Severiano Alves
Autor do Projeto
Fonte: migalhas.com.br 


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Boas Vindas

Sejam todos bem-vindos, é intensão desse blog compartilhar assuntos referentes ao tema FOTOGRAFIA.

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